O dia em que eu vi o Pai Natal

Felizmente, faço parte daquele grupo de pessoas que cresceu a acreditar no Pai Natal. Quando era criança, não apenas acreditava fielmente no velhinho de barbas brancas, como era a sua maior fã! A magia do Natal era algo que preenchia os meus dias de sonho e esperança.

Para provar o meu fascínio por esta personagem única (que na altura eu acreditava ser absolutamente real), assim que setembro chegava, eu começava a preparar não só a minha lista de desejos, mas também mil e uma maneiras de conhecer o meu ídolo. Queria também agradecer-lhe por todo o cuidado e atenção que me dispensava ano após ano! Era uma autêntica missão pessoal e uma fonte de entusiasmo constante.


Claro que, não sendo eu uma criança satisfeita com a ideia de que tudo acontecia por magia, sentia uma estranha necessidade de colocar à prova a minha fé. Como explicar isto? Eu acreditava no Pai Natal, mas queria ter a certeza de que era verdade. Precisava de vê-lo com os meus próprios olhos. Com o passar dos anos (e, confesso, ainda acreditei na magia do Natal até aos meus 8 ou 9 anos), comecei a elevar a fasquia nesta minha jornada para conhecer o Pai Natal. Fazia planos meticulosos e imaginava todos os cenários possíveis para garantir que teria um encontro com o meu ídolo.


Desesperados com as dificuldades que eu levantava ano após ano, mas também determinados a não desistir, os meus pais precisaram de ser extremamente criativos. Foi então que recorreram à ajuda de um vizinho que, todos os anos, se vestia de Pai Natal. O plano? Ele viria à porta, diria "olá" e, em seguida, desapareceria escada abaixo.


O plano funcionou na perfeição. Ainda hoje lembro-me com carinho do êxtase que senti quando ouvi a campainha tocar e vi aquele homem vestido de vermelho, com barba branca e ar bondoso. Eu acreditava de coração que aquele era o verdadeiro Pai Natal! O meu coração batia desenfreado, gritei de excitação e fiquei estática por alguns segundos, sem conseguir reagir. Quando finalmente me virei para pegar na máquina fotográfica estrategicamente posicionada perto da porta, ele já tinha desaparecido. Tudo o que restava era um calor especial no meu coração e a lembrança de um momento absolutamente mágico.


Essa recordação é mais do que uma memória de infância sobre a realização de um sonho. Representa também o quanto pequenos gestos podem ser incrivelmente significativos. Um vizinho que se dispôs a desempenhar este papel e, acima de tudo, os meus pais, que se esforçaram para manter viva a minha inocência e a magia do Natal o maior tempo possível. Essa dedicação e carinho são o que verdadeiramente aquecem o meu coração até hoje.


E vocês? Tem alguma experiência mágica no Natal? Adoraria saber! Partilhem nos comentários ou no Instagram o que aconteceu. Vamos espalhar a magia!

6 Comentários

  1. Linda experiencia . Te mando un beso.

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  2. Un'emozione del passato, intensa e davvero indimenticabile.
    Buon fine settimana carissima

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  3. Que bela história essa, Teresa!
    Eu nunca acreditei na realidade do Papai Noel porque meus pais eram contra Papai Noel no Natal...rs eles eram evangélicos e então, Natal para eles era sobre Jesus e não, Papai Noel. Então, nunca tive essa fantasia do Bom Velhinho.

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    1. Oh! De qualquer forma, acredito que existam outras boas memórias relacionadas com a época!

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