No outro dia conversava com a minha mãe sobre os meus traumas de infância, e sobre como, muitos deles quase nos causaram (a mim e a ela) mini ataques do coração.
Aquele que me lembro com mais nitidez foi o clássico “se engolires a pastilha elástica, ela vai-se colar na barriga e podes morrer” (quem nunca ouviu isto não sabe o que é ter medo de comer pastilhas elásticas).
Claro que, como qualquer criança que cresceu assombrada por estas teorias, eu própria apanhei um susto de morte quando um dia, acidentalmente engoli uma pastilha elástica.
Traumas de infância… Quem não os teve?
Eu não deveria ter mais de seis anos, quando num fatídico dia engoli uma pastilha elástica! Foi um puro acidente, daqueles em que vamos a respirar ou falar e simplesmente a pastilha ou rebuçado desce pela garganta sem pedir permissão! Seja como for, imaginem o meu pânico quando a malfadada da pastilha desceu pelo meu esófago. Senti cada momento dessa infame descida, e a cada segundo esperei que ela se colasse às paredes da minha garganta, esófago ou estômago e causasse-me uma espécie de morte súbita!
Posso garantir que vi literalmente a vida passar-me à frente dos olhos estilo flashback de novela. E, sejamos honestos, eu só tinha seis anos, por isso, como podem imaginar, este flashback foi tão curto que até teve espaço para anúncios.
Mas mesmo assim, aquela sensação (que agora sei que era estúpida) de morte inevitável em tão tenra idade, era terrorífica, aliás eu já imaginava a minha lápide com uma inscrição do tipo “Muito amada pelos seus pais, mas comeu um chiclete e morreu”!
Como podem constatar, não só pelo facto de vos estar aqui a escrever, mas também porque a ciência assim o diz, eu não morri.
De qualquer forma, foram uns quantos segundos de puro pânico, estava já preparada para dizer as minhas últimas palavras quando a minha mãe explicou-me que ninguém morria por engolir uma pastilha elástica. Mesmo assim tinha dificuldade em acreditar, pois pensava que tendo sido ela uma das difusoras da ideia, ela apenas me dizia isso, para que a minha morte, fosse mais calma e agradável…
Bebi água, muita água (talvez pensasse que ia afogar a pastilha, ou então que a água a impedira de se colar em algum lado), olhei novamente para a minha mãe, que calmamente me explicou que a pastilha elástica seria digerida como qualquer outra comida, e me pediu desculpa por me enganar daquela forma. Só então respirei de alívio!
Uff! Que medo!
Agora é a vossa vez, contem-me nos comentários, ou no instagram qual foi o vosso maior trauma de infância?
Que narrativa legal Tereza!! Adorei!! Você tem traumas da pastilha elática e eu aqui no Brasil do chiclete...Eu também pensava que iria morrer se engolisse...hehe
ResponderEliminarMas meu maior trauma de infância foi uma queda de bicicleta onde ralei os dois joelhos que me traumatizou para sempre...rsrs
Beijos e uma linda semana!!!
Muito obrigada pela partilha!
EliminarOi, tudo bem?
ResponderEliminarAcho que toda criança tinha esse medo, de engolir chicletes(como chamamos aqui no Brasil). Eu mesmo tinha muito medo!! Mas engasgar mesmo, eu só me engasguei com uma bala muito lisa que existia nos anos 70 chamada "Soft".
Já ouvi falar muito desse tipo de rebuçados, mas nunca os conheci ou provei!
EliminarA volte i genitori, con le loro paure, ci creano dei problemi che spesso è difficile superare.
ResponderEliminarUn caro saluto
Obrigada!
EliminarEu não sei sua idade, mas não preciso saber pra ter certeza que “fake news” existe faz tempo.
ResponderEliminarUm abraço
Ah ah ah é bem verdade!
EliminarTeresa,
ResponderEliminarÓtima sua matéria sobre
traumas.
Sempre é bom relembrarmos
o que nos assustava
e ver o quanto amadurecemos
ou o quanto não avançamos nada
o que é um alerta..
Bjins
CatiahoAlc.
Tens toda a razão! Muito obrigada pela visita!
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