Desempregada! E agora?

Se me seguem no Instagram, talvez já tenham percebido: minhas noites (e grande parte do meu tempo livre) têm sido dedicadas a estudar. Apesar de isso não ser exatamente uma novidade na minha vida, há algo diferente desta vez. No mês passado, decidi mudar tudo na  minha vida: pedi demissão do meu trabalho.

Sim, desempregada!

Quem acompanha o blog desde o início já leu sobre as minhas crises de ansiedade e como o stress sempre foi um vilão presente no meu dia a dia. Mas desta vez o buraco era mais em baixo. A principal razão das minhas insónias e crises estava diretamente ligada ao meu trabalho: pagamentos atrasados, desrespeito, e um nível de exigência tão alto (inalcançável com as condições e tempo disponível) que só me levava ao limite.

Foi um processo de desgaste lento, quase como uma panela de pressão que vai acumulando vapor. Até que chegou o momento em que percebi: ou saía pelo meu próprio pé, ou a minha saúde iria para o ralo.

Se estou arrependida? Nem um pouco.

Se me sinto perdida? Um pouco.

Culpa, medicação e a decisão inevitável.

Assumo que parte dessa culpa foi minha. Durante muito tempo, deixei que remédios mascarassem a gravidade do que eu enfrentava. A medicação ajudava a manter a fachada, mas, quando ela deixou de funcionar, percebi que, era a hora de tomar uma decisão difícil, mas necessária.

Eu estava num ponto crítico: comprimidos para dormir à noite, remédios para me manter calma durante o dia, e um nervosismo constante que me drenava todas as energias antes mesmo de pisar no trabalho. Não, isso não é vida.

E agora?

O meu advogado sugeriu que eu avançasse com um processo por assédio moral, mas decidi não trilhar esse caminho. Apesar de tudo, ainda tenho consideração por algumas pessoas da empresa e quis encerrar esse ciclo sem arrastar a situação além do necessário. No entanto, sair no fim do ano — uma época de trabalho intenso — também não foi fácil.

Agora, estou oficialmente desempregada a partir de 31 de dezembro. Ano novo, vida nova, certo? Espero que sim.

O lado bom de recomeçar.

Se há algo positivo nessa decisão, é que ela me forçou a parar e refletir sobre o que realmente importa para mim. Finalmente dedico mais tempo a estudar marketing e comunicação — áreas que eu amo. Com o blog, tenho sentido um desejo quase natural de abraçar novos desafios, mesmo que ainda esteja sem um plano definido.

E sabem o que é incrível? Desde que entreguei a minha carta de demissão, não precisei mais de remédios para dormir ou para controlar os nervos. Estou a recuperar a minha saúde mental, e isso não tem preço! Claro, ainda não paga as contas, mas dá um novo ânimo para enfrentar o futuro.

Então, venha 2025! Estou pronta para encarar novos desafios e descobrir onde esse caminho me levará. Algum de já passaram por algo assim? Que tal me contarem como foi que lidaram com a situação nos comentários?