Dia Internacional do Fetiche: Porque a Normalidade É Tão 2010

Já reparaste que a palavra “fetiche” carrega uma espécie de mistério e, vá, uma pitada de preconceito? Mas relaxem, não vou transformar este texto num manifesto BDSM (exceto se assim o desejarem). O Dia Internacional do Fetiche, é a desculpa perfeita para descomplicar o tema. Vamos rir um pouco, aprender umas coisas e, quem sabe, descobrir que talvez não sejamos assim tão básicos.

O Que É um Fetiche, Afinal? 

Fetiche é quando o nosso cérebro decide que um objeto, ação ou situação merece mais atenção no departamento de "uh lá lá". Pode ser algo tão simples quanto sapatos ou tão específico quanto… bem, digamos, o som de balões a estourar. (Sim, isso existe. Não, não julguemos).

Freud achava que os fetiches vinham de traumas da infância. Já os millennials e Gen Z preferem acreditar que é culpa de assistir a desenhos animados “demasiado sensuais” na infância. (Se já viram Jessica Rabbit ou Shego, sabem do que estamos a falar).

Este artigo do site Fundación Sexpol, explora o que está por trás dos fetiches, oferecendo uma visão detalhada sobre o tema.

5 Fetiches Que Provavelmente Nunca Ouviste Falar:

Formicofilia: Atração por insetos a passearem pelo corpo. Nem todos os heróis usam capas; alguns lidam com formigas.

Knismolagnia: Excitação provocada por cócegas. Podem rir, mas experimentem sobreviver a um ataque de cócegas sem gritar.

Claustrofilia: Excitação por lugares apertados. Pensem num elevador lotado, mas sem o constrangimento social....

Oculolinctus: A arte sensual de lamber olhos. Sim, olhos. Porque beijos, eram mainstream demais.

Agzlmatofilia: Fascínio por estátuas. Afinal, quem precisa de pessoas reais quando temos o David de Michelangelo?

Para mais explicações sobre os diferentes tipos de fetiches, ajudando a esclarecer as diversas preferências sexuais, podem ler este artigo da Grindr.

Fetiche: Hobby ou Problema? 

Vamos simplificar: se o vosso fetiche é consensual e não interfere com a vossa vida, parabéns, estão na equipa "exploração saudável". Agora, se precisam da presença de um par de meias roxas com pintas amarelas para pensarem em ir para a cama, talvez seja hora de reconsiderar.

A comunicação é tudo. Se vocês têm um fetiche, expliquem ao vosso parceiro/parceira. (Talvez evitem começar com "Tenho uma coisa por balões". Vão devagar).

Mas Atenção! Alguns fetiches podem ser problemáticos se causarem sofrimento, desconforto ou envolverem algo não consensual. Aí, é importante procurar ajuda profissional.

Por Que Celebrar Este Dia? 

O Dia Internacional do Fetiche não é apenas sobre latex e chicotes. É sobre aceitar a sexualidade humana em toda a sua gloriosa estranheza. É um lembrete de que ser diferente não é mau — aliás, é exatamente isso que te torna interessante.

Curiosidade: Sabiam que os fetiches estão ligados à dopamina? Este neurotransmissor é o mesmo que ativa quando comemos chocolate ou conquistamos um nível difícil num jogo. Em suma, o nosso fetiche é o "mérito desbloqueado" da nossa vida sexual.

Como Explorar os Teus Fetiches (Com Segurança!)

Pesquisa: Entender é o primeiro passo. Tentem ler sobre o vosso fetiche sem se envergonharem.

Conversa: Comuniquem com o vosso parceiro. Perguntem sobre limites e partilhem os vossos.

Estabelece Regras: Ser consensual é a palavra-chave. Sempre.

Experimenta: Devagar e sempre, como quem prova um prato novo.

Sem Pressão: Ninguém é obrigado a explorar algo que não o deixa confortável.

Se aprenderam algo novo hoje (e tenho quase a certeza que sim), parabéns! Agora, vão celebrar a vossa individualidade, seja ela em forma de meias exóticas ou de uma playlist de jazz sensual. E lembrem-se: o que é “normal” para uns é puro tédio para outros.

Se forem festejar o dia, que seja com criatividade — e talvez uma safe word bem divertida. Porque explorar é bom, mas explorar com segurança é ainda melhor.

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